Manutenção corretiva: o que é e por que fazê-la 

Como o próprio nome sugere, a manutenção corretiva acontece para corrigir uma falha, que muitas vezes, poderia ser evitada.  

Afinal, é possível evitar prejuízos para a sua empresa através de uma política de redução de danos. 

Mas quando a manutenção corretiva é inevitável? O que pode ser feito para amortizar os seus custos?  

Aqui no blog da Sofit, já tratamos sobre os diferentes tipos de manutenção (como a preventiva, preditiva). Hoje vamos focar na manutenção corretiva, explicando o conceito, dando detalhes e mostrando como ela pode ajudar ou não sua gestão de frotas.   

Acompanhe e leitura! 

Índice: 

  1. O que é manutenção corretiva? 
  2. Por que a manutenção corretiva custa mais para a sua frota? 
  3. O que pode levar a uma manutenção corretiva? 
  4. É melhor prevenir, sempre 
  5. A questão dos veículos atuais 
  6. Como conduzir um processo de manutenção corretiva de forma estratégica? 
  7. Conclusão

O que é manutenção corretiva? 

A manutenção corretiva é um reparo emergencial que tem como finalidade a reparação de um ativo, no caso da gestão de frotas, de um veículo.  

Através deste tipo de manutenção, os mecânicos substituem peças ou componentes que se desgastaram, falharam e/ou que levaram a máquina/motor a não funcionar corretamente, seja por falha ou pane em um ou mais elementos.  

Normalmente, os reparos são feitos sem planejamento, e em caráter emergencial, porque houve falha na manutenção preventiva ou na preditiva, ou simplesmente porque não foi possível prever os defeitos.  

Por este motivo, a manutenção preventiva consiste num custo variável, o que representa uma imensa oportunidade de redução de custos.  

Trazendo para a área de gestão de frotas, a manutenção corretiva acontece depois que algum equipamento automotivo ou peça do sistema veicular quebrou, falhou ou apresentou avarias. 

Por que a manutenção corretiva custa mais para a sua frota? 

De todos os tipos de manutenção, a corretiva é a que gera mais despesas para a empresa, porque está geralmente atrelada a altos custos de mão de obra e pode deixar o carro fora de operação por mais tempo do que ocorreria com as outras manutenções.  

Ou seja, dependendo do tamanho da frota e da organização da sua empresa, os veículos parados podem proporcionar prejuízos consideráveis.  

Isso porque, devido à interrupção dos serviços, atrasos em entregas, o não cumprimento de prazos e até a perda de clientes pouco satisfeitos com tal situação.  

Assim, este quadro pode até mesmo prejudicar a imagem e credibilidade da sua empresa no mercado, já que quando o seu cliente fica insatisfeito, ele pode fazer propaganda negativa, além de não voltar a contar com os seus serviços. 

O que pode levar a uma manutenção corretiva? 

Uma série de problemas que podem ocasionar danos e falhas ao automóvel e exigir a manutenção corretiva. Os mais comuns são:  

  • Problemas de bateria;  
  • Falhas nos freios;  
  • Alta temperatura nos motores;  
  • Pneus carecas;  
  • Amortecedores e molas danificados;  
  • Falha de balanceamento;  
  • Consumo excessivo de combustível;  
  • Marchas arranhando;  

Estes problemas podem ser acarretados pelos mais diversos motivos, como:  

  • Bicos injetores sujos ou entupidos;  
  • Excesso de carga;  
  • Tanque de combustível com sujeira;  
  • Desregulação do pedal;  
  • Uso indevido de embreagem;  
  • Sincronizador gasto;  
  • Não calibração dos pneus;  
  • Óleo sujo.  

Vamos usar uma analogia para destacar a importância da boa manutenção?  

Então, imagine que o automóvel de sua frota é um avião. Pense no transtorno que causaria ao piloto saber que acabaram os freios da aeronave na hora da aterrissagem. Angustiante só de pensar, não é?  

A verdade é que nem sempre você vai perceber o impacto que um problema no carro pode acarretar, mas vale lembrar que um simples defeito pode ocasionar acidentes graves com vítimas.  

Você não quer vivenciar um acidente que pode tirar a vida de pessoas, levar a sua empresa multas ou à falência, responder ações judiciais e ainda ter um prejuízo de marca irrecuperável, não é?  

Por isso é bom se atentar e nunca negligenciar as manutenções recomendadas à sua frota. 

É melhor prevenir, sempre 

Antigamente, os carros eram fabricados com carburadores e platinados, e os reparos dos mesmos eram feitos a cada 5000 quilômetros, no máximo.  

Portanto, considerando isso, podemos entender por que era feita uma melhor manutenção. 

A cada visita ao mecânico para fazer alguma regulagem do ponto ou desentupir o carburador, acabava-se fazendo também uma pequena manutenção preditiva.  

Assim, para você entender melhor, o profissional regulava o ponto do carro, mas notava que a correia do alternador estava desfiada e que a pastilha de freio está gasta e o nível de óleo de freio está baixo.  

Dessa forma, as correções poderiam ser feitas ali mesmo naquele momento. 

A questão dos veículos atuais 

Atualmente, os veículos com injeção eletrônica, quando cuidados corretamente, raramente precisam de manutenção corretiva. 

A injeção eletrônica faz com que o carro não perca marcha lenta, não fique sem força e não custe ligar pela manhã. 

Esses são sintomas comuns em veículos com carburadores que já rodaram 5000 quilômetros. 

Devido à ausência desses sintomas nos carros modernos, a manutenção se tornou cara, pois quando o automóvel chega finalmente à oficina para uma manutenção corretiva, é porque já apresenta um péssimo estado de conservação, com vários grandes defeitos. 

Como conduzir um processo de manutenção corretiva de forma estratégica? 

Apesar de ser compreendida como um tipo de manutenção não planejada, aqui estão algumas considerações ao fazer um plano para manutenções corretivas:  

  • Defina prioridades: Traçar uma hierarquia de problemas de manutenção corretiva, dos mais até os menos comuns, é o primeiro passo.  
  • Crie uma estratégia para cada status de prioridade: Tenha um plano em vigor para cada nível de prioridade para delegar melhor os cronogramas de manutenção e ordens de serviço para minimizar o tempo de inatividade  
  • Recorra ao histórico de manutenções: os dados do histórico de serviço podem ser uma ótima ferramenta para otimizar o seu processo de manutenção corretiva.  
  • Dialogue com os motoristas: Certifique-se de que os motoristas sejam capazes de se comunicar em tempo real quando surgir um problema para que a manutenção corretiva seja solicitada em tempo hábil. 

Conclusão 

Em resumo, a manutenção corretiva é aquela em que não fazemos uma manutenção prévia das diversas peças e componentes.  

Ela é feita após esperarmos simplesmente que algo quebre para providenciar os reparos.  

Se você fosse destacar uma possível vantagem da manutenção corretiva seria: não requer tempo de dedicação para manutenção.  

Entretanto, isso pode se tornar uma tremenda desvantagem, pois o rompimento de uma peça implica o dano de muitas outras.  

Ou seja, manutenção corretiva e economia não combinam muito.  

O ideal então é que a prevenção e predição sejam incluídas em seu processo de gestão de frotas.  

Logo, todas as inspeções de funcionamento, reparos, ajustes, lubrificação, limpeza, entre outras, devem ser feitas periodicamente, conforme um plano mensal, trimestral ou semestral.  

Dessa forma, a incidência de manutenção corretiva deverá reduzir de forma significativa na sua frota.